Dissecção de aorta

10/04/2012 21:40

 

É a separação das camadas da parede arterial desencadeada, geralmente, por uma crise de pressão alta. Com isso, surgem dois compartimentos dentro do vaso sanguíneo, sendo uma a verdadeira e outra a falsa (criada por entre as camadas da parede do vaso).

 

São relatados cerca de 2000 casos novos por anos nos Estados Unidos da América, representando aproximadamente 1 internação para cada 3 mil. Os homens são acometidos com mais freqüência que as mulheres na proporção de 2-3 para 1. É mais freqüente sobretudo na 7a década de vida. Considera-se uma urgência médica pois apresenta taxas de mortalidade crescente quando não tratado adequadamente.

O sintoma mais freqüente é a dor, geralmente súbita, intensa, progressiva, localizada no tórax ou no dorso, acompanhado de sudorese, náuseas ou vômitos. Invariavelmente, a pressão arterial encontra-se em níveis muito altos. Existem diversos exames que podem auxiliar no diagnóstico da dissecção aórtica porém o mais utilizado é a angiotomografia.

O tratamento inicial deve controlar os níveis pressóricos, sedar a dor e controlar a força de contração e ejeção do coração através de medicamentos. A cirurgia na fase aguda é reservada para um tipo específico de dissecção (que acomete a porção inicial da aorta, logo na saída do coração) ou para os casos em que houve complicações. Com o tempo, pode haver dilatação da área acometida pela dissecção, situação na qual pode haver necessidade de cirurgia dependendo do tamanho e local da dissecção. A cirurgia é realizada, sempre que possível, por técnica endovascular pois resulta em menores taxas de complicações do que a cirurgia aberta.